sábado, 16 de maio de 2009

Por que AMADADAMA?

Das dezenas de contos que escrevi só tem UM (umzinho só), do qual, quanto mais o tempo passa, mais eu gosto. Foi concebido e escrito em apenas quatro horas. Às vezes tenho a impressão que foi um espírito que me ditou. Quem sabe, o do Cortázar, ou o do Borges. Mas tendo em vista o tamanho (pouco mais de 600 palavrinhas)... Sei não; sei não...)

Por que AMADADAMA?

1 – Pela originalidade (Não existe enredo similar na literatura mundial);
2 – Pelos significados (Conta uma história deixando várias implícitas);
3 – Pela circularidade (Termina por onde começou, sem que o leitor se aperceba disso antes de ler a última frase);
4 – Pelo título (Que, sozinho, diz isto que acabou de ser dito);
5 – Pela síntese (Contém apenas 630 palavras);
6 – Pela brevidade com que foi concebido e escrito (Quatro horas).

Um comentário:

  1. SATOR AREPO TENET OPERA ROTAS
    Mais um Doppelgänger. Mas não um doppelgänger qualquer. Não é como o de Maupassant, Borges, Dostoievski ou Coelho Neto, entre tantos. O de Ray é palíndromo e recursivo. É como um truque de mágica. Ray como um ilusionista consegue manter o suspense e a atenção de sua platéia. Como um ilusionista, executa alguns truques com as mãos, mostra a caneta, dizendo que irá executar uma mágica usando uma simples caneta; pede que verifiquemos a caneta; junta as mãos entrelaçando os dedos sem soltá-la; deixa um dos dedos solto, escondido atrás dos outros; prende a caneta com esse dedo; não deixa que ninguém perceba que ele segura a caneta; diz uma palavra mágica e (voilà!) separa as mãos sem soltar os dedos. O que vemos, então? Uma caneta que flutua... Parabéns pelo truque, Ray. Parabéns pelo belo conto!

    Cláudio Soares | souza.soares@gmail.com

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