terça-feira, 5 de maio de 2009

Alguns comentários sobre o conto AMADADAMA

SATOR AREPO TENET OPERA ROTAS
Mais um Doppelgänger. Mas não um doppelgänger qualquer. Não é como o de Maupassant, Borges, Dostoievski ou Coelho Neto, entre tantos. O de Ray é palíndromo e recursivo. É como um truque de mágica. Ray como um ilusionista consegue manter o suspense e a atenção de sua platéia. Como um ilusionista, executa alguns truques com as mãos, mostra a caneta, dizendo que irá executar uma mágica usando uma simples caneta; pede que verifiquemos a caneta; junta as mãos entrelaçando os dedos sem soltá-la; deixa um dos dedos solto, escondido atrás dos outros; prende a caneta com esse dedo; não deixa que ninguém perceba que ele segura a caneta; diz uma palavra mágica e (voilà!) separa as mãos sem soltar os dedos. O que vemos, então? Uma caneta que flutua... Parabéns pelo truque, Ray. Parabéns pelo belo conto!
Cláudio Soares souza.soares@gmail.com

O conto Amadadama, de Ray Silveira, mostra a que veio: premiado no XVII Concurso de Contos José Cândido de Carvalho, retrata a angústia do ser que se sabe inadequado à multidão, e que realiza o doloroso e solitário mergulho em si mesmo. Curiosamente, a aterradora descoberta que se dá ao final já é vislumbrada desde as primeiras linhas, quando o narrador especula: “cuidariam que somos gêmeos?”. Entretanto, a verdade cai, de forma avassaladora, levando-nos à inevitável conclusão: sempre buscamos a nós mesmos. A propósito do título, não poderia ser mais expressivo, refletindo algo que, lido ao contrário, reverte-se no mesmo, realizando, no plano estético, o sentido que se revela ao leitor ao longo do texto. Parabéns, Ray!
Tatiana Alves Soares Caldas tatiana_alves@uol.com.br

Ray Li o teu “AMADADAMA”. Está muito bom; conseguiste o ritmo arfante da cópula. E se a gente não cuida... É beleza ganhar algum dinheiro com literatura. Um grande abraçoHelena Ortiz Helena Ortiz helenaortiz@uol.com.br

Acabei de ler Amadadama e A Possuída, de Ray Silveira. O autor não conta fatos simplesmente por contar,ele mostra a fragilidade da mente humana. Como as personagens, entramos em crise, contornamos nossas fantasias e acabamos vivendo na "inconsciência". Ray se propõe a mostrar os mistérios do mundo interior,mais sugerindo que explicando. Nós, leitores, vamos construindo o sentido, à medida que avançamos na leitura. Leio, páro, penso...volto e releio.Tento decifrar o escritor e seus motivos. Impossível não aplaudir!Maria Jose TauilMaria Jose Tauil mjtauil@terra.com.br

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