por Patrícia Sotello
O autor:
Raymundo Silveira, médico-escritor. Onde termina um e começa o outro? Não há resposta. A leitura do escritor revela o médico erudito. Certamente, a consulta com o médico revelaria a erudição do escritor.
O livro:
no texto de Raymundo Silveira, realidade e ficção se fundem em crônicas-contos cuja linguagem clara e simples, mas não simplista, remete o leitor à conversa com um amigo íntimo. Seu texto soa como se estivesse sendo contado, gerando no leitor-espectador a vontade de “ouvir” mais outro “causo” – daí a leitura ininterrupta. Acrescenta-se a isso a força imagética gerada pelo trabalho com a linguagem. Quanto à temática, a medicina é recorrente, mas não a única. Raymundo nos fala de viagens – inclusive as da memória –, de história, de loucura. As singularidades da língua – da portuguesa principalmente – estão presentes tanto como tema, como na própria escolha lexical. Fala ainda de sobrevivência – à vida e à morte – com um quê de maravilhoso travestido de cena cotidiana observada pelo olhar de quem está de bem consigo mesmo.
O convite:
Ray (só para os íntimos) já se deitou na rede. Para a prosa começar, se achegue e abra a 1.ª página.
quinta-feira, 5 de maio de 2011
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